Olá! Sejam todos muito bem vindos ao Blog! Hoje terminaremos os resumos sobre Tecido Epitelial! Portanto, ou você terá dúvidas agora, ou.... em qualquer outro momento!! Estou a sua disposição!!!
O assunto deste post é Tipos de Epitélio. Vimos, no início do nosso estudo que há, basicamente, dois tipos de epitélios: 1) Revestimento e 2) Glandular.
1) Epitélio de Revestimento: conjunto de células epiteliais que revestem (interna e externamente) um órgão. Classifica-se de acordo com o número de camadas (simples = 1 camada; estratificado = 2 camadas) e o formato de suas células (núcleo globoso = células cúbicas; núcleo achatado no sentido horizontal = células pavimentosas; núcleo alongado no sentido vertical = célula colunar). ATENÇÃO: EM EPITÉLIOS ESTRATIFICADOS OBSERVAREMOS A FORMA DO NÚCLEO DA CAMADA MAIS SUPERFICIAL DE CÉLULAS. Devemos observar também a presença de queratina e cílios entre as células epiteliais. Epitélios de mucosas secas são dotados de queratina, enquanto que os epitélios de mucosa úmida são desprovidos. Já o epitélio do trato respiratório e da tuna uterina (por exemplo) são dotados de cílios, uma vez que o movimento destas especializações de superfície livre são responsáveis pela condução de estruturas nestes sistemas.
2)Epitélio Glandular: suas células são responsáveis pela produção, armazenamento e secreção de substâncias variadas como hormônios ou ácidos digestivos por exemplo. São derivadas de uma camada de epitélio que sofre um processo de invaginação (veja figura abaixo) dando origem a porção secretora (células especializadas na fabricação do produto a ser secretado).
De acordo com a forma pela qual a secreção deixa a glândula classificamos o epitélio glandular em Merócrina (quando a secreção é liberada pela célula sem perda de outro material celular – ex: pâncreas); Holócrina (quando o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula – ex: glândula sebácea); e Apócrina (tipo intermediário em que o produto de secreção é descarregado junto com parte do citoplasma celular, porém a glândula ainda se mantém integra – ex: glândula mamária). São classificados, ainda, em dois grandes grupos dependendo do local de secreção: Glândulas Endócrinas e Glândulas Exócrinas.
a. Glândulas Endócrinas: durante o processo de formação (invaginação) o ducto que manteria a comunicação com o meio externo se fecha (oblitera). Assim sendo, o produto produzido por esse tipo de célula será secretado na corrente circulatória através do contato entre a glândula e a grande quantidade de capilares que a circunda. Ex: hipófise
b. Glândulas Exócrinas: durante a formação seu ducto (elo com o epitélio originário) se mantém presente, possibilitando, assim, que o produto de secreção seja excretado no meio externo. Ex. glândula sudorípara. De acordo com a quantidade de ductos a glândula exócrina pode ser classificada em Simples (com somente um ducto não ramificado) e Compostas (com ductos ramificados que variam desde simples ramificações até arranjos mais complexos).
Abraços a todos! Espero que esteja ajudando! E não custa nada lembrar: Este blog não deve ser utilizado como única fonte de estudos. Ele deve ser utilizado como apoio ao estudo através da bibliografia indicada por mim!!!!
Prof. Otávio Plazzi
29/08/2010 – 14hs25min
Vídeo-aulas, resumos, artigos e muito mais sobre Histologia, Embriologia e Fisioterapia Respiratória!!
domingo, 29 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Artigo muito legal!!
Pessoal, mudando um pouco o foco do blog, encontrei um artigo muito bom escrito pelo Dr. Drauzio Varella... espero que gostem!!! O endereço é:
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/4974/a-intuicao-da-minha-avo
Leiam e comentem!?
Abraços a todos!
Prof. Otávio Plazzi
19/08/2010 - 21h46min
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/4974/a-intuicao-da-minha-avo
Leiam e comentem!?
Abraços a todos!
Prof. Otávio Plazzi
19/08/2010 - 21h46min
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
E aí pessoal tudo bem? Espero que sim!
Vamos lá então! O assunto de hoje é Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que é definida como sendo um mal crônico, progressivo e irreversível que se caracteriza, de uma forma geral, por um aprisionamento aéreo que, à medida que avança, diminui o fluxo aéreo do paciente levando-o a quadros de dispnéia cada vez com esforços menores.
Tem como etiologia (causa) principal o tabagismo (em torno de 75%). Porém outras causas possíveis são: poluição atmosférica, fatores sócio-econômicos, idade, sexo, raça, álcool e o clima.
Apresenta como sinais clínicos característicos: dispnéia (inicialmente a grandes esforços e, com o avançar do quadro, cada vez mais presente aos menores esforços); tosse (reflexo de proteção do aparelho respiratório que visa controlar uma das características principais da DPOC que é o excesso de produção de muco na árvore brônquica); sibilância (evidência perceptível a ausculta pulmonar que caracteriza a broncoconstrição e o excesso de secreção nos brônquios terminais); descondicionamento físico (que aumenta rapidamente a medida em que a patologia progride); depressão, ansiedade e isolamento (condições emocionais que agravam e aceleram o quadro patológico).
Fisiopatologicamente podemos distinguir 2 tipos de DPOC. O primeiro tipo (ou Tipo 1) é o que a Bronquite Crônica é o quadro clínico dominante e o Tipo 2 é o que o Enfisema é o predominante. Vejamos com mais detalhes!
Bronquite Crônica: é uma patologia caracterizada pela produção excessiva de muco pelas células do epitélio respiratório dos brônquios. Tem como sinais evidentes a tosse produtiva crônica ou recorrente por 3 meses em 2 anos seguidos. O que determina o componente obstrutivo desta patologia é a reação inflamatória que ocorre na árvore brônquica devido ao excesso de produção de muco.
Enfisema Pulmonar: antes de mais nada vale a pena justificar o uso do termo pulmonar após o enfisema. Existem outros quadros de enfisema como por exemplo o subcutâneo que não tem, necessariamente, relação com o pulmonar. O enfisema pulmonar é uma patologia caracterizada pela destruição dos septos alveolares que são, progressivamente invadidos por tecido fibroso, fazendo com que ocorram alterações morfológicas e funcionais, por consequência, nos alvéolos. Tal lesão estrutural faz com que o fluxo de oxigênio no sangue caia progressivamente fazendo com que a oxigenação tecidual caia bruscamente o que, a médio prazo, levará o paciente a um quadro de descondicionamento físico grave.
De uma forma geral podemos definir as seguintes alterações nos portadores de DPOC:
- Hiperinsuflação / Aprisionamento de ar = principal característica do DPOC. Leva a alterações funcionais (aprisionamento de ar com retenção de CO2) ou mesmo estrutural (tórax em tonel ou globoso);
- Achatamento do diafragma = o quadro de hiperinsuflação faz com que o diafragma perca em distensibilidade de suas fibras, uma vez que ficará achatado pela grande quantidade de volume residual. Lembrem-se que um músculo encurtado é um músculo fraco, assim sendo, este é mais um critério que dificulta o maior volume inspiratório.
- Perda de recolhimento elástico = é importante que definamos que um tecido elástico é o que possui a capacidade de retornar ao formato inicial após a cessação da força de tração. Este tecido tem o seu conjuntivo, rico em uma proteína denominada elastina. E esta é uma característica do tecido pulmonar. Porém, com a substituição gradual do tecido conjuntivo normal por tecido fibrótico o pulmão perde a elasticidade que lhe confere uma maior possibilidade de troca de ar com a atmosfera, uma vez que tal troca se deve a diferenças de pressão.
- Broncoespasmo = reação imune (inflamatória e de contração da musculatura lisa) do tecido pulmonar às constantes agressões inerentes ao quadro do DPOC.
- Desequilíbrio da relação V/Q = a relação ventilação / perfusão (V/Q) é o que demonstra a eficácia da troca gasosa, uma vez que é a relação entre a quantidade de ar que entra no sistema (ventilação) e a quantidade de ar (O2) que será espalhado (difusão) para a corrente circulatória. No DPOC há um desequilíbrio da quantidade de ar que entra no sistema respiratório (que é diminuída) e a quantidade do ar que será difundida pela corrente circulatória.
Funcionalmente podemos caracteriza do DPOC em 5 estágios:
- Grau 1 = o paciente só apresentará desconforto respiratório frente a grandes esforços.
- Grau 2 = apresentará respiração curta quando anda depressa no plano ou sobe uma ladeira.
- Grau 3 = caminha mais devagar que as outras pessoas da mesma idade no plano, ou quando tem que parar para descansar quando caminha no seu próprio ritmo.
- Grau 4 = precisa de pausas para respirar após caminhar 100m ou poucos minutos no plano.
- Grau 5 = apresenta cansaço aos pequenos esforços como se vestir por exemplo.
ATENÇÃO: NOTE QUE A MEDIDA EM QUE O GRAU AUMENTA O PACIENTE APRESENTA A DISPNÉIA (CANSAÇO RESPIRATÓRIO) EM MAIOR INTENSIDADE AO MENOR ESFORÇO. ASSIM SENDO, O PROGNÓSTICO FICA CADA VEZ PIOR.
Nos próximos posts falaremos sobre o tratamento fisioterápico no DPOC!
Abraços a todos e eu espero estar sendo útil!!! E lembrem-se de estudar pela bibliografia recomendada por mim que está disponível na Biblioteca!!!
Até qualquer hora!!!
Prof. Otávio Plazzi
21/08/2010 - 23hs00min
Vamos lá então! O assunto de hoje é Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que é definida como sendo um mal crônico, progressivo e irreversível que se caracteriza, de uma forma geral, por um aprisionamento aéreo que, à medida que avança, diminui o fluxo aéreo do paciente levando-o a quadros de dispnéia cada vez com esforços menores.
Tem como etiologia (causa) principal o tabagismo (em torno de 75%). Porém outras causas possíveis são: poluição atmosférica, fatores sócio-econômicos, idade, sexo, raça, álcool e o clima.
Apresenta como sinais clínicos característicos: dispnéia (inicialmente a grandes esforços e, com o avançar do quadro, cada vez mais presente aos menores esforços); tosse (reflexo de proteção do aparelho respiratório que visa controlar uma das características principais da DPOC que é o excesso de produção de muco na árvore brônquica); sibilância (evidência perceptível a ausculta pulmonar que caracteriza a broncoconstrição e o excesso de secreção nos brônquios terminais); descondicionamento físico (que aumenta rapidamente a medida em que a patologia progride); depressão, ansiedade e isolamento (condições emocionais que agravam e aceleram o quadro patológico).
Fisiopatologicamente podemos distinguir 2 tipos de DPOC. O primeiro tipo (ou Tipo 1) é o que a Bronquite Crônica é o quadro clínico dominante e o Tipo 2 é o que o Enfisema é o predominante. Vejamos com mais detalhes!
Bronquite Crônica: é uma patologia caracterizada pela produção excessiva de muco pelas células do epitélio respiratório dos brônquios. Tem como sinais evidentes a tosse produtiva crônica ou recorrente por 3 meses em 2 anos seguidos. O que determina o componente obstrutivo desta patologia é a reação inflamatória que ocorre na árvore brônquica devido ao excesso de produção de muco.
Enfisema Pulmonar: antes de mais nada vale a pena justificar o uso do termo pulmonar após o enfisema. Existem outros quadros de enfisema como por exemplo o subcutâneo que não tem, necessariamente, relação com o pulmonar. O enfisema pulmonar é uma patologia caracterizada pela destruição dos septos alveolares que são, progressivamente invadidos por tecido fibroso, fazendo com que ocorram alterações morfológicas e funcionais, por consequência, nos alvéolos. Tal lesão estrutural faz com que o fluxo de oxigênio no sangue caia progressivamente fazendo com que a oxigenação tecidual caia bruscamente o que, a médio prazo, levará o paciente a um quadro de descondicionamento físico grave.
De uma forma geral podemos definir as seguintes alterações nos portadores de DPOC:
- Hiperinsuflação / Aprisionamento de ar = principal característica do DPOC. Leva a alterações funcionais (aprisionamento de ar com retenção de CO2) ou mesmo estrutural (tórax em tonel ou globoso);
- Achatamento do diafragma = o quadro de hiperinsuflação faz com que o diafragma perca em distensibilidade de suas fibras, uma vez que ficará achatado pela grande quantidade de volume residual. Lembrem-se que um músculo encurtado é um músculo fraco, assim sendo, este é mais um critério que dificulta o maior volume inspiratório.
- Perda de recolhimento elástico = é importante que definamos que um tecido elástico é o que possui a capacidade de retornar ao formato inicial após a cessação da força de tração. Este tecido tem o seu conjuntivo, rico em uma proteína denominada elastina. E esta é uma característica do tecido pulmonar. Porém, com a substituição gradual do tecido conjuntivo normal por tecido fibrótico o pulmão perde a elasticidade que lhe confere uma maior possibilidade de troca de ar com a atmosfera, uma vez que tal troca se deve a diferenças de pressão.
- Broncoespasmo = reação imune (inflamatória e de contração da musculatura lisa) do tecido pulmonar às constantes agressões inerentes ao quadro do DPOC.
- Desequilíbrio da relação V/Q = a relação ventilação / perfusão (V/Q) é o que demonstra a eficácia da troca gasosa, uma vez que é a relação entre a quantidade de ar que entra no sistema (ventilação) e a quantidade de ar (O2) que será espalhado (difusão) para a corrente circulatória. No DPOC há um desequilíbrio da quantidade de ar que entra no sistema respiratório (que é diminuída) e a quantidade do ar que será difundida pela corrente circulatória.
Funcionalmente podemos caracteriza do DPOC em 5 estágios:
- Grau 1 = o paciente só apresentará desconforto respiratório frente a grandes esforços.
- Grau 2 = apresentará respiração curta quando anda depressa no plano ou sobe uma ladeira.
- Grau 3 = caminha mais devagar que as outras pessoas da mesma idade no plano, ou quando tem que parar para descansar quando caminha no seu próprio ritmo.
- Grau 4 = precisa de pausas para respirar após caminhar 100m ou poucos minutos no plano.
- Grau 5 = apresenta cansaço aos pequenos esforços como se vestir por exemplo.
ATENÇÃO: NOTE QUE A MEDIDA EM QUE O GRAU AUMENTA O PACIENTE APRESENTA A DISPNÉIA (CANSAÇO RESPIRATÓRIO) EM MAIOR INTENSIDADE AO MENOR ESFORÇO. ASSIM SENDO, O PROGNÓSTICO FICA CADA VEZ PIOR.
Nos próximos posts falaremos sobre o tratamento fisioterápico no DPOC!
Abraços a todos e eu espero estar sendo útil!!! E lembrem-se de estudar pela bibliografia recomendada por mim que está disponível na Biblioteca!!!
Até qualquer hora!!!
Prof. Otávio Plazzi
21/08/2010 - 23hs00min
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Avaliação Respiratória
Caros alunos e visitantes... sejam bem vindos!!! Esta postagem é mais uma da série: resumão da aula! E o assunto escolhido hoje é Avaliação Respiratória!!!
É um tema muito relevante, pois, é do conhecimento de todos, que não há tratamento bem sucedido sem uma avaliação eficaz e criteriosa. Nesta breve postagem vou tentar se direto e prático para que vocês recordem o que falamos em sala de aula.
Vou me basear, assim como na aula prática, no formulário de avaliação que usamos no Estágio Supervisionado em Fisioterapia Hospitalar e o foco será exclusivamente a avaliação respiratória.
Vamos lá!
A avaliação respiratória já se inicia durante a avaliação dos sinais vitais onde observaremos a frequência respiratória (FR). A forma correta de se aferir tal variável é contarmos quantas respirações (inspiração e expiração) o paciente executa dentro de um (1) minuto. Não há um consenso muito claro na literatura quanto aos valores normais, por esse motivo usaremos um valor médio de 12 a 20 ipm (incursões por minuto). Valores abaixo de 10 ipm classificamos como bradipnéia e acima de 20 taquipnéia. Apnéia é a interrupção dos ciclos respiratórios;
Ao observarmos a frequência respiratória devemos avaliar também o ritmo respiratório que tem como valor fisiológico (normal) a relação entre a inspiração e a expiração (Relação I:E) em 1:2, sendo 1 tempo para a inspiração e 2 tempos para a expiração. Ritmos respiratórios alterados como: Cheyne Stokes (sinal de doença metabólica ou lesão de SNC), Biot, Kussmaul ou Cantani serão descritos em outra ocasião.
Padrão Respiratório: é a observância do predomínio da movimentação torácica, abdominal ou mista durante as incursões respiratórias. Se observarmos que o paciente movimenta (com maior amplitude) o tórax classificaremos o padrão como sendo costal (ou apical); se o predomínio for abdome, classificaremos como sendo respiração diafragmática (ou abdominal). Poderemos observar também pacientes em que não observaremos predomínio de um ou de outro. Nesse caso classificaremos como sendo um padrão respiratório misto. A alteração patológica mais comum que é indício de esforço excessivo da musculatura respiratória é o ritmo paradoxal (em que durante a inspiração o tórax se eleva e o abdome se deprime e na fase expiratória a condição se inverte com a depressão do tórax e a projeção do abdome).
Expansibilidade: é a quantificação da capacidade de movimentação da caixa torácica durante a inspiração. Várias são as possibilidades de se quantificar (inclusive a observância direta da mobilidade). Além desta quantificação observamos se o movimento é simétrico (bilateral equivalente), a amplitude (superficial, profunda ou normal) e a presença da utilização (ou não) da musculatura respiratória acessória.
Percussão Torácica: é a avaliação, através da dígito percussão, da ressonância desta técnica na caixa torácica. Posiciona-se o dedo indicador da mão não-dominante no espaço intercostal. Em seguida percute-se com o dedo indicador da mão dominante sobre o da outra mão (veja imagem abaixo). Escute com atenção o som resultante. Consideramos o som normal o som pulmonar claro (timpânico) - que é grave, ressonante e de longa duração. O som maciço é curto e seco e evidencia a presença de algo que não seja ar na região em que aparece. Podemos classificar como hipertimpânico (semelhante ao timpânico porém em maior intensidade) evidência clínica de aprisionamento de ar na caixa torácica - DPOC (?).
Tosse: a tosse é um reflexo de defesa do sistema respiratório que consiste de um fluxo alto expiratório. É classificada em eficaz (quando o paciente apresenta a tosse) ou ineficaz (quando o paciente não consegue tossir por não ter força da musculatura expiratória suficiente ou por outro motivo qualquer. Classifica-se também em produtiva (quando consegue expectorar a secreção) ou improdutiva (quando isso não é conseguido).
Secreção (Expectoração): inicialmente devemos observar a quantidade de secreção (classificada em grande, média ou pequena quantidade). Observa-se também a coloração (branca = mucóide; amarelo-esbranquiçada = muco-purulenta; amarela = purulenta, amarela com rajas de sangue ou secreção com sangue = hemoptise), a viscosidade (fluida = menos densa ou viscosa = mais densa) e o odor (em normal ou fétido - presença de um cheiro forte e desagradável que é característica típica de infecção respiratória);
Ausculta Respiratória: é a obtenção dos sons produzidos durante a respiração através do uso do estetoscópio. Para tanto observamos duas variáveis: o murmúrio vesicular e a presença (ou não) de ruídos adventícios. Murmúrio vesicular (MV) é o som produzido pela passagem do ar no sistema respiratório (o murmúrio traqueal é o mesmo som porém quando passa exclusivamente pela traquéia). Classificamos o MV em normal (ou positivo), diminuído ou ausente. Nos dois últimos casos devemos localizar a alteração de acordo com o segmento pulmonar em que foi encontrado. Ruídos adventícios são sons patológicos, que podem ser inspiratórios, expiratórios ou nos dois. Temos como ruídos adventícios: roncos = som grave, de predomínio inspiratório que indica a presença de muco nas vias aéreas calibrosas; sibilo = som agudo, semelhante a um assobio ou chiado, de predomínio expiratório mas que também pode estar presente na inspiração e é indício de obstrução das vias aéreas inferiores (de menor calibre); estertor crepitante = som semelhante ao atrito de uma mecha de cabelo, audível no final da inspiração e sugere a presença de exsudato e transudato intra alveolar; estertor bulhoso = som semelhante a bolhas estourando, audíveis na inspiração que evidencia a presença de secreção na luz brônquica; atrito pleural = é o som de um "rangido", decorrente do atrito entre as duas pleuras, audível tanto na ins quanto na expiração e está presente em inflamações e lesões pleurais.
Tipo de Tórax: classificamos o tórax do nosso paciente através da observação atenta do mesmo sem a presença de roupa. Pode ser classificado em: Tonel (ou globoso) = tórax adota uma posição inspiratória constante decorrente da hiperinsuflação; Pectus carinado (em quilha ou peito de pombo) = caracteriza-se por uma protrusão acentuada do osso esterno, juntamente com as cartilagens costais (pode ser adquirido ou congênito); Pectus escavado (ou carinado) = é oposto ao tórax em peito de pombo. Pois este apresenta uma depressão, na qual os arcos costais anteriores se projetam mais anteriormente que o próprio esterno. Um dos fatores responsáveis por esta depressão seria o repuxamento excessivo das fibras anteriores do diafragma que se prendem ao externo inferior e ao apêndice xifóide; Cifoescoliótico = em consequência a uma alteração postural.
Tiragem: é a depressão do espaço intercostal, região supra-esternal e supra-clavicular e durante a inspiração. Evidencia o excesso do uso da força durante a respiração por dificuldade na expansão pulmonar por obstrução brônquica ou traqueal, edema e fibrose pulmonar.
Dispnéia: aumento do estímulo respiratório (alteração do ritmo e frequência). Evidência de hipoxemia, acidose, febre, exercício ou ansiedade. Classifica-se em grandes (atividade física de grande intensidade), médios (atividade física de média intensidade) ou pequenos esforços (presente na realização das AVD´s).
Bom pessoal, é isso! Espero que ajude e, em breve, postarei novos temas de Cardiopulmonar!!! Lembrem-se sempre que este resumo é meramente informativo e que, de forma alguma, deve substituir a consulta à literatura!!! Leiam bastante, estudem muito!!!
Abraço a todos e aguardo os comentários!!!
Prof. Otávio Plazzi
12/08/2010 - 23h08minhs
É um tema muito relevante, pois, é do conhecimento de todos, que não há tratamento bem sucedido sem uma avaliação eficaz e criteriosa. Nesta breve postagem vou tentar se direto e prático para que vocês recordem o que falamos em sala de aula.
Vou me basear, assim como na aula prática, no formulário de avaliação que usamos no Estágio Supervisionado em Fisioterapia Hospitalar e o foco será exclusivamente a avaliação respiratória.
Vamos lá!
A avaliação respiratória já se inicia durante a avaliação dos sinais vitais onde observaremos a frequência respiratória (FR). A forma correta de se aferir tal variável é contarmos quantas respirações (inspiração e expiração) o paciente executa dentro de um (1) minuto. Não há um consenso muito claro na literatura quanto aos valores normais, por esse motivo usaremos um valor médio de 12 a 20 ipm (incursões por minuto). Valores abaixo de 10 ipm classificamos como bradipnéia e acima de 20 taquipnéia. Apnéia é a interrupção dos ciclos respiratórios;
Ao observarmos a frequência respiratória devemos avaliar também o ritmo respiratório que tem como valor fisiológico (normal) a relação entre a inspiração e a expiração (Relação I:E) em 1:2, sendo 1 tempo para a inspiração e 2 tempos para a expiração. Ritmos respiratórios alterados como: Cheyne Stokes (sinal de doença metabólica ou lesão de SNC), Biot, Kussmaul ou Cantani serão descritos em outra ocasião.
Padrão Respiratório: é a observância do predomínio da movimentação torácica, abdominal ou mista durante as incursões respiratórias. Se observarmos que o paciente movimenta (com maior amplitude) o tórax classificaremos o padrão como sendo costal (ou apical); se o predomínio for abdome, classificaremos como sendo respiração diafragmática (ou abdominal). Poderemos observar também pacientes em que não observaremos predomínio de um ou de outro. Nesse caso classificaremos como sendo um padrão respiratório misto. A alteração patológica mais comum que é indício de esforço excessivo da musculatura respiratória é o ritmo paradoxal (em que durante a inspiração o tórax se eleva e o abdome se deprime e na fase expiratória a condição se inverte com a depressão do tórax e a projeção do abdome).
Expansibilidade: é a quantificação da capacidade de movimentação da caixa torácica durante a inspiração. Várias são as possibilidades de se quantificar (inclusive a observância direta da mobilidade). Além desta quantificação observamos se o movimento é simétrico (bilateral equivalente), a amplitude (superficial, profunda ou normal) e a presença da utilização (ou não) da musculatura respiratória acessória.
Percussão Torácica: é a avaliação, através da dígito percussão, da ressonância desta técnica na caixa torácica. Posiciona-se o dedo indicador da mão não-dominante no espaço intercostal. Em seguida percute-se com o dedo indicador da mão dominante sobre o da outra mão (veja imagem abaixo). Escute com atenção o som resultante. Consideramos o som normal o som pulmonar claro (timpânico) - que é grave, ressonante e de longa duração. O som maciço é curto e seco e evidencia a presença de algo que não seja ar na região em que aparece. Podemos classificar como hipertimpânico (semelhante ao timpânico porém em maior intensidade) evidência clínica de aprisionamento de ar na caixa torácica - DPOC (?).
Tosse: a tosse é um reflexo de defesa do sistema respiratório que consiste de um fluxo alto expiratório. É classificada em eficaz (quando o paciente apresenta a tosse) ou ineficaz (quando o paciente não consegue tossir por não ter força da musculatura expiratória suficiente ou por outro motivo qualquer. Classifica-se também em produtiva (quando consegue expectorar a secreção) ou improdutiva (quando isso não é conseguido).
Secreção (Expectoração): inicialmente devemos observar a quantidade de secreção (classificada em grande, média ou pequena quantidade). Observa-se também a coloração (branca = mucóide; amarelo-esbranquiçada = muco-purulenta; amarela = purulenta, amarela com rajas de sangue ou secreção com sangue = hemoptise), a viscosidade (fluida = menos densa ou viscosa = mais densa) e o odor (em normal ou fétido - presença de um cheiro forte e desagradável que é característica típica de infecção respiratória);
Ausculta Respiratória: é a obtenção dos sons produzidos durante a respiração através do uso do estetoscópio. Para tanto observamos duas variáveis: o murmúrio vesicular e a presença (ou não) de ruídos adventícios. Murmúrio vesicular (MV) é o som produzido pela passagem do ar no sistema respiratório (o murmúrio traqueal é o mesmo som porém quando passa exclusivamente pela traquéia). Classificamos o MV em normal (ou positivo), diminuído ou ausente. Nos dois últimos casos devemos localizar a alteração de acordo com o segmento pulmonar em que foi encontrado. Ruídos adventícios são sons patológicos, que podem ser inspiratórios, expiratórios ou nos dois. Temos como ruídos adventícios: roncos = som grave, de predomínio inspiratório que indica a presença de muco nas vias aéreas calibrosas; sibilo = som agudo, semelhante a um assobio ou chiado, de predomínio expiratório mas que também pode estar presente na inspiração e é indício de obstrução das vias aéreas inferiores (de menor calibre); estertor crepitante = som semelhante ao atrito de uma mecha de cabelo, audível no final da inspiração e sugere a presença de exsudato e transudato intra alveolar; estertor bulhoso = som semelhante a bolhas estourando, audíveis na inspiração que evidencia a presença de secreção na luz brônquica; atrito pleural = é o som de um "rangido", decorrente do atrito entre as duas pleuras, audível tanto na ins quanto na expiração e está presente em inflamações e lesões pleurais.
Tipo de Tórax: classificamos o tórax do nosso paciente através da observação atenta do mesmo sem a presença de roupa. Pode ser classificado em: Tonel (ou globoso) = tórax adota uma posição inspiratória constante decorrente da hiperinsuflação; Pectus carinado (em quilha ou peito de pombo) = caracteriza-se por uma protrusão acentuada do osso esterno, juntamente com as cartilagens costais (pode ser adquirido ou congênito); Pectus escavado (ou carinado) = é oposto ao tórax em peito de pombo. Pois este apresenta uma depressão, na qual os arcos costais anteriores se projetam mais anteriormente que o próprio esterno. Um dos fatores responsáveis por esta depressão seria o repuxamento excessivo das fibras anteriores do diafragma que se prendem ao externo inferior e ao apêndice xifóide; Cifoescoliótico = em consequência a uma alteração postural.
Tiragem: é a depressão do espaço intercostal, região supra-esternal e supra-clavicular e durante a inspiração. Evidencia o excesso do uso da força durante a respiração por dificuldade na expansão pulmonar por obstrução brônquica ou traqueal, edema e fibrose pulmonar.
Dispnéia: aumento do estímulo respiratório (alteração do ritmo e frequência). Evidência de hipoxemia, acidose, febre, exercício ou ansiedade. Classifica-se em grandes (atividade física de grande intensidade), médios (atividade física de média intensidade) ou pequenos esforços (presente na realização das AVD´s).
Bom pessoal, é isso! Espero que ajude e, em breve, postarei novos temas de Cardiopulmonar!!! Lembrem-se sempre que este resumo é meramente informativo e que, de forma alguma, deve substituir a consulta à literatura!!! Leiam bastante, estudem muito!!!
Abraço a todos e aguardo os comentários!!!
Prof. Otávio Plazzi
12/08/2010 - 23h08minhs
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Tecido Epitelial (Aula 1)
Durante a aula de hoje vimos que o Tecido Epitelial é caracterizado por células poliédricas (formato variado), justapostas e com pouco material extracelular.
Formato das células: variam desde pavimentosas (achatadas) até colunares (células alongadas no sentido vertical), inclusive células cúbicas (em formato de um cubo). Lembre-se que essa é uma grande dificuldade uma vez que não é possível a visualização da membrana que caracterizaria a forma. Como resolver esse dilema? Basta que vocês se lembrem que o núcleo (que é facilmente visualizado pelos nossos microscópios) pode nos dar essa direção. Veja como: núcleo globoso (redondo) é indício de célula cúbica; núcleo achatado (alongado na horizontal) é típico de células pavimentosas (achatadas); enquanto que o núcleo alongado na vertical está presente nas células colunares (alongadas na vertical);
A justaposição das células se deve à presença de especializações do pólo lateral que une, veda e permite a comunicação das células. Como conversarmos na sala de aula lembre-se que existe uma grande diferença entre unir e vedar! Quando dizemos que algo se uniu, por mais próximo que estejam, haverá sempre um espaçou (mesmo que micrométrico) entre ambas. Já na vedação não existe este espaço! Esta informação será de fundamental importância mais adiante!
E é exatamente esta justaposição das células a maior justificativa para a pequena quantidade de material extracelular (ou intercelular - entre as células) uma vez que não há espaço suficiente para isso!
Para finalizar esta postagem devemos recordar que existem dois grandes grupos de Epitélios: revestimento e glandular.
Epitélio de Revestimento: forma o revestimento externo (pele e vísceras) e interno (órgãos ocos). Tem como funções a proteção, as percepções sensoriais, a absorção (característica do epitélio de revestimento interno, como por exemplo, dos intestinos) e a contração (células mioepiteliais).
Epitélio Glandular: tipo especializado de epitélio que se caracteriza pela capacidade de produzir, armazenar e secretar produtos como hormônios, por exemplo!
Bom pessoal é isso! Na próxima aula postarei novo resumo! Porém é importante deixar claro que além deste resumo, do material de aula, vocês devem utilizar a bibliografia (livros) indicada por mim e que constam do Plano de Ensino!
Abraços a todos!!!
Bons estudos!!
Prof. Otávio Plazzi
09/08/2010 - 21h42minhs
Formato das células: variam desde pavimentosas (achatadas) até colunares (células alongadas no sentido vertical), inclusive células cúbicas (em formato de um cubo). Lembre-se que essa é uma grande dificuldade uma vez que não é possível a visualização da membrana que caracterizaria a forma. Como resolver esse dilema? Basta que vocês se lembrem que o núcleo (que é facilmente visualizado pelos nossos microscópios) pode nos dar essa direção. Veja como: núcleo globoso (redondo) é indício de célula cúbica; núcleo achatado (alongado na horizontal) é típico de células pavimentosas (achatadas); enquanto que o núcleo alongado na vertical está presente nas células colunares (alongadas na vertical);
A justaposição das células se deve à presença de especializações do pólo lateral que une, veda e permite a comunicação das células. Como conversarmos na sala de aula lembre-se que existe uma grande diferença entre unir e vedar! Quando dizemos que algo se uniu, por mais próximo que estejam, haverá sempre um espaçou (mesmo que micrométrico) entre ambas. Já na vedação não existe este espaço! Esta informação será de fundamental importância mais adiante!
E é exatamente esta justaposição das células a maior justificativa para a pequena quantidade de material extracelular (ou intercelular - entre as células) uma vez que não há espaço suficiente para isso!
Para finalizar esta postagem devemos recordar que existem dois grandes grupos de Epitélios: revestimento e glandular.
Epitélio de Revestimento: forma o revestimento externo (pele e vísceras) e interno (órgãos ocos). Tem como funções a proteção, as percepções sensoriais, a absorção (característica do epitélio de revestimento interno, como por exemplo, dos intestinos) e a contração (células mioepiteliais).
Epitélio Glandular: tipo especializado de epitélio que se caracteriza pela capacidade de produzir, armazenar e secretar produtos como hormônios, por exemplo!
Bom pessoal é isso! Na próxima aula postarei novo resumo! Porém é importante deixar claro que além deste resumo, do material de aula, vocês devem utilizar a bibliografia (livros) indicada por mim e que constam do Plano de Ensino!
Abraços a todos!!!
Bons estudos!!
Prof. Otávio Plazzi
09/08/2010 - 21h42minhs
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Fim de Férias!!!
Olá queridos alunos, amigos e visitantes! Depois de alguns dias de férias (maravilhosas diga-se de passagem) estamos retornando com as atividades!!! E com força total!!!
Muito em breve estarei postando aqui um novo tópico no blog! Aguardem!
Ah, e para o pessoal da Fisioterapia que gosta da área de Cardiorespiratória não deixem de acessar o Grupo de Discussão no endereço:
http://groups.google.com/group/fisioterapia-cardiopulmonar-e-vascular
Em breve novos grupos!!!
Abraços a todos e vamos juntos!! COM FORÇA TOTAL!!!
Muito em breve estarei postando aqui um novo tópico no blog! Aguardem!
Ah, e para o pessoal da Fisioterapia que gosta da área de Cardiorespiratória não deixem de acessar o Grupo de Discussão no endereço:
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Em breve novos grupos!!!
Abraços a todos e vamos juntos!! COM FORÇA TOTAL!!!
sábado, 19 de junho de 2010
Gasometria Arterial
Queridos alunos e visitantes... antes de mais nada gostaria de justificar a minha ausência. Esse final de semestre é sempre complicado né? Mas esse, em especial, pois estamos a pleno vapor com o trabalho de conclusão de curso dos alunos do 7º período. Aproveito a oportunidade e convido a todos para ficarem ligados com as apresentações, vem coisa muito boa por aí!!!
Bom... O nosso assunto de hoje é a interpretação de uma gasometria arterial. Para nós, fisioterapeutas, é o exame que vai nortear as condutas de fisioterapia respiratória dentro de uma unidade de terapia intensiva (UTI). O objetivo dessa postagem é padronizar a leitura e interpretação desse importante exame! Para tanto vamos dividí-los em passos.
Passo 1 - Avaliação da condição de oxigenação do paciente. Para tanto observaremos duas variáveis: PaO2 (normal - 80 a 100mmHg) e SatO2 (ideal - maior ou igual a 95%). A pressão parcial de O2 no sangue arterial (PaO2) demonstra a eficácia da hematose alvéolo-capilar. Já a saturação de oxigênio (SatO2) é o percentual de carregamento de O2 pelas hemoglobinas.
Avaliação:
Normal = PaO2 entre 80 e 100mmHg e SatO2 maior ou igual a 95%
Hipoxêmico = valores de PaO2 e SatO2 abaixo dos citados acima.
Passo 2 - Avaliação do pH. Refere-se à concentração do íon de H+ (quanto maior a concentração desse íon, menor será o pH). São considerados normais valores entre 7,35e 7,45.
Avaliação:
pH < 7,35 = acidose
pH > 7,45 = alcalose
Passo 3 - avaliação do comprometimento respiratório. Se dá pela observação da concentração de dióxido de carbono no sangue arterial (PaCO2) que tem como valores normais 35 a 45 mmHg.
Avaliação:
Se PaCO2 > 45 ou < 35 - teremos comprometimento respiratório.
Então, se...
pH < 7,35 e PaCO2 > 45 = acidose respiratória
pH > 7,45 e PaCO2 < 35 = alcalose respiratória
Passo 4 - avaliação do comprometimento renal (metabólico). Para tanto, observa-se a variável HCO3 (bicarbonato) que tem como valores normais 22 a 26 mEq/l.
Avaliação:
Se HCO3 < 22 ou > 26 - teremos comprometimento metabólico.
Então, se...
pH < 7,35 e HCO3 < 22 = acidose metabólica
pH > 7,45 e HCO3 > 26 = alcalose metabólica
Passo 5 - verificação das diferenças de bases. Usa-se o termo "base excess" que em português seria algo como excesso de bases que tem como sigla BE e valores normais variando entre -3 e +3 (em algumas literaturas encontramos - 2 e +2). O resultado expressa o excesso de bases existentes nas alcaloses metabólicas ou o déficit de bases existentes nas acidoses metabólicas.
Assim demonstrado na figura abaixo:
Em minha próxima postagem explicarei os mecanismos de compensação que podem ser observados em uma gasometria. Como sempre, coloco-me à disposição de vocês para o esclarecimento de qualquer dúvida! Um abraço a todos e muito obrigado pela visita ao blog!!!!
Prof. Otávio Plazzi
19/06/2010 - 16:31hs
Bom... O nosso assunto de hoje é a interpretação de uma gasometria arterial. Para nós, fisioterapeutas, é o exame que vai nortear as condutas de fisioterapia respiratória dentro de uma unidade de terapia intensiva (UTI). O objetivo dessa postagem é padronizar a leitura e interpretação desse importante exame! Para tanto vamos dividí-los em passos.
Passo 1 - Avaliação da condição de oxigenação do paciente. Para tanto observaremos duas variáveis: PaO2 (normal - 80 a 100mmHg) e SatO2 (ideal - maior ou igual a 95%). A pressão parcial de O2 no sangue arterial (PaO2) demonstra a eficácia da hematose alvéolo-capilar. Já a saturação de oxigênio (SatO2) é o percentual de carregamento de O2 pelas hemoglobinas.
Avaliação:
Normal = PaO2 entre 80 e 100mmHg e SatO2 maior ou igual a 95%
Hipoxêmico = valores de PaO2 e SatO2 abaixo dos citados acima.
Passo 2 - Avaliação do pH. Refere-se à concentração do íon de H+ (quanto maior a concentração desse íon, menor será o pH). São considerados normais valores entre 7,35e 7,45.
Avaliação:
pH < 7,35 = acidose
pH > 7,45 = alcalose
Passo 3 - avaliação do comprometimento respiratório. Se dá pela observação da concentração de dióxido de carbono no sangue arterial (PaCO2) que tem como valores normais 35 a 45 mmHg.
Avaliação:
Se PaCO2 > 45 ou < 35 - teremos comprometimento respiratório.
Então, se...
pH < 7,35 e PaCO2 > 45 = acidose respiratória
pH > 7,45 e PaCO2 < 35 = alcalose respiratória
Passo 4 - avaliação do comprometimento renal (metabólico). Para tanto, observa-se a variável HCO3 (bicarbonato) que tem como valores normais 22 a 26 mEq/l.
Avaliação:
Se HCO3 < 22 ou > 26 - teremos comprometimento metabólico.
Então, se...
pH < 7,35 e HCO3 < 22 = acidose metabólica
pH > 7,45 e HCO3 > 26 = alcalose metabólica
Passo 5 - verificação das diferenças de bases. Usa-se o termo "base excess" que em português seria algo como excesso de bases que tem como sigla BE e valores normais variando entre -3 e +3 (em algumas literaturas encontramos - 2 e +2). O resultado expressa o excesso de bases existentes nas alcaloses metabólicas ou o déficit de bases existentes nas acidoses metabólicas.
Assim demonstrado na figura abaixo:
Em minha próxima postagem explicarei os mecanismos de compensação que podem ser observados em uma gasometria. Como sempre, coloco-me à disposição de vocês para o esclarecimento de qualquer dúvida! Um abraço a todos e muito obrigado pela visita ao blog!!!!
Prof. Otávio Plazzi
19/06/2010 - 16:31hs
domingo, 16 de maio de 2010
Anatomia Cardíaca
O coração, como todos vocês sabem é um órgão predominantemente muscular que tem como função bombear o sangue para todo o corpo. Porém, durante as aulas, tenho notado uma grande dificuldade dos alunos para entender a anatomia do coração... então vamos lá!
Inicialmente vamos dividir o coração em 2 metades: direita e esquerda.
- metade direita: metade por onde circula o sangue desoxigenado. Recebe o sangue que vem de todo o corpo e de onde será enviado ao pulmão. É dividida em 2 câmaras: átrio e ventrículo direitos. Estas câmaras são separadas pela valva átrio-ventricular direita que permite a passagem do sangue do átrio para o ventrículo direito e impede o reflexo (retorno no caminho contrário).
- metade esquerda: metade por onde circula o sangue oxigenado (vindo do pulmão e de onde será enviado ao corpo todo). Também é dividida em 2 câmaras (átrio e ventrículo esquerdo) que são separadas pela valva átrio-ventricular esquerda (que permite a passagem do sangue do átrio para o ventrículo esquerdo sem que permita o retorno).
Então, podemos concluir com isso que o coração é dividido em 4 câmaras (2 de cada lado e que não há comunicação entre câmaras de lados opostos) e que entre átrios e ventrículos temos valvas que separam essas câmaras (que são mantidas fixas por cordas tendíneas que se ligam aos músculos papilares na parede ventricular).
Voltemos assim a nossa atenção agora ao sistema circulatório:
Existem, basicamente, 2 tipos de vasos muito importantes no coração: veias e artérias.
- veias: são vasos calibrosos que suportam pouca pressão devido a sua camada média muscular ser muito delgada e, por isso, são os vasos responsáveis pela entrada do sangue no coração (uma vez que esse retorno é feito sob pressão menor que a de saída). Assim sendo, os vasos sanguíneos que conduzem o sangue ao coração (chegam aos átrios (que são câmaras de recebimento do coração) são as veias.
- artérias: são vasos muito resistentes a pressão devido à sua camada muscular lisa ser muito larga. Assim sendo, os vasos responsáveis pela condução do sangue expulso pelo coração (através dos ventrículos que são as câmaras de ejeção) são as artérias. Na transição entre os ventrículos e as artérias temos valvas semilunares (em forma de meia lua – como se fossem bolsos que ao se encherem de sangue, se fecham e impedem o refluxo das artérias para os ventrículos. Como tempos 2 artérias: Ventrículo Esquerdo = Artéria Aorta (Valva Semilunar Aórtica) e Ventrículo Direito = Tronco da Artéria Pulmonar (Valva Semilunar Pulmonar).
Agora poderemos concluir a nossa linha de raciocínio e ver o quanto é fácil entender a anatomia cardíaca. Observe que por ser um ciclo poderíamos começar por qualquer uma das cavidades. Iniciaremos pelo átrio direito:
1) Vimos que os átrios são câmaras de recebimento de sangue e que o lado direito do coração trabalha com sangue desoxigenado, assim, o átrio direito é que recebe o sangue vindo do corpo todo desoxigenado pelas veias cava superior e inferior (uma vez que as veias são os vasos mais indicados pois são pouco resistentes à pressão e possuem um sistema de válvulas que impedem a estase do sangue venoso).
2) Do átrio direito o sangue passa pela valva átrio-ventricular direita (que é mantida firme pelas cordas tendíneas e músculos papilares) e vai para o ventrículo direito de onde é impulsionado para os pulmões (para que ocorra a hematose – troca do CO2 pelo O2 – uma vez que o sangue do ventrículo direito está pobre em O2 e rico em CO2) pelas artérias pulmonares direita e esquerda (lembre-se que a artéria é o vaso que resiste a maior pressão e, por isso, é o vaso de saída dos ventrículos).
3) Ao voltar do pulmão, o sangue (agora rico em O2), retorna ao coração no átrio esquerdo (átrio = câmara de chegada // lado esquerdo = trabalha com sangue rico em O2) pelas veias pulmonares (2 esquerdas e 2 direitas). Lembre-se que o sangue está vindo dos pulmões e que o vaso ideal é a veia pois está sob baixa pressão, por isso o nome do vaso é veia pulmonar.
4) Do átrio esquerdo o sangue é bombeado ao ventrículo esquerdo (passando pela valva átrio-ventricular esquerda) de onde será bombeado para todo o corpo sob alta pressão através da artéria aorta.
Só relembrando a contração do músculo cardíaco é involuntária e é denominado sístole e o seu relaxamento, diástole!
Espero que tenha sido útil!!! Aguardo comentários e dúvidas!!!
Prof. Otávio Plazzi
(16/05/2010 – 14h37min)
Inicialmente vamos dividir o coração em 2 metades: direita e esquerda.
- metade direita: metade por onde circula o sangue desoxigenado. Recebe o sangue que vem de todo o corpo e de onde será enviado ao pulmão. É dividida em 2 câmaras: átrio e ventrículo direitos. Estas câmaras são separadas pela valva átrio-ventricular direita que permite a passagem do sangue do átrio para o ventrículo direito e impede o reflexo (retorno no caminho contrário).
- metade esquerda: metade por onde circula o sangue oxigenado (vindo do pulmão e de onde será enviado ao corpo todo). Também é dividida em 2 câmaras (átrio e ventrículo esquerdo) que são separadas pela valva átrio-ventricular esquerda (que permite a passagem do sangue do átrio para o ventrículo esquerdo sem que permita o retorno).
Então, podemos concluir com isso que o coração é dividido em 4 câmaras (2 de cada lado e que não há comunicação entre câmaras de lados opostos) e que entre átrios e ventrículos temos valvas que separam essas câmaras (que são mantidas fixas por cordas tendíneas que se ligam aos músculos papilares na parede ventricular).
Voltemos assim a nossa atenção agora ao sistema circulatório:
Existem, basicamente, 2 tipos de vasos muito importantes no coração: veias e artérias.
- veias: são vasos calibrosos que suportam pouca pressão devido a sua camada média muscular ser muito delgada e, por isso, são os vasos responsáveis pela entrada do sangue no coração (uma vez que esse retorno é feito sob pressão menor que a de saída). Assim sendo, os vasos sanguíneos que conduzem o sangue ao coração (chegam aos átrios (que são câmaras de recebimento do coração) são as veias.
- artérias: são vasos muito resistentes a pressão devido à sua camada muscular lisa ser muito larga. Assim sendo, os vasos responsáveis pela condução do sangue expulso pelo coração (através dos ventrículos que são as câmaras de ejeção) são as artérias. Na transição entre os ventrículos e as artérias temos valvas semilunares (em forma de meia lua – como se fossem bolsos que ao se encherem de sangue, se fecham e impedem o refluxo das artérias para os ventrículos. Como tempos 2 artérias: Ventrículo Esquerdo = Artéria Aorta (Valva Semilunar Aórtica) e Ventrículo Direito = Tronco da Artéria Pulmonar (Valva Semilunar Pulmonar).
Agora poderemos concluir a nossa linha de raciocínio e ver o quanto é fácil entender a anatomia cardíaca. Observe que por ser um ciclo poderíamos começar por qualquer uma das cavidades. Iniciaremos pelo átrio direito:
1) Vimos que os átrios são câmaras de recebimento de sangue e que o lado direito do coração trabalha com sangue desoxigenado, assim, o átrio direito é que recebe o sangue vindo do corpo todo desoxigenado pelas veias cava superior e inferior (uma vez que as veias são os vasos mais indicados pois são pouco resistentes à pressão e possuem um sistema de válvulas que impedem a estase do sangue venoso).
2) Do átrio direito o sangue passa pela valva átrio-ventricular direita (que é mantida firme pelas cordas tendíneas e músculos papilares) e vai para o ventrículo direito de onde é impulsionado para os pulmões (para que ocorra a hematose – troca do CO2 pelo O2 – uma vez que o sangue do ventrículo direito está pobre em O2 e rico em CO2) pelas artérias pulmonares direita e esquerda (lembre-se que a artéria é o vaso que resiste a maior pressão e, por isso, é o vaso de saída dos ventrículos).
3) Ao voltar do pulmão, o sangue (agora rico em O2), retorna ao coração no átrio esquerdo (átrio = câmara de chegada // lado esquerdo = trabalha com sangue rico em O2) pelas veias pulmonares (2 esquerdas e 2 direitas). Lembre-se que o sangue está vindo dos pulmões e que o vaso ideal é a veia pois está sob baixa pressão, por isso o nome do vaso é veia pulmonar.
4) Do átrio esquerdo o sangue é bombeado ao ventrículo esquerdo (passando pela valva átrio-ventricular esquerda) de onde será bombeado para todo o corpo sob alta pressão através da artéria aorta.
Só relembrando a contração do músculo cardíaco é involuntária e é denominado sístole e o seu relaxamento, diástole!
Espero que tenha sido útil!!! Aguardo comentários e dúvidas!!!
Prof. Otávio Plazzi
(16/05/2010 – 14h37min)
sábado, 15 de maio de 2010
Aspiração Traqueobrônquica
Este é um procedimento invasivo e realizado rotineiramente em um serviço de fisioterapia respiratória/hospitalar que tem por objetivo retirar a secreção das vias aéreas quando se observa a incapacidade do paciente em expectorá-la pela tosse.
Pode ser realizado pelo nariz (aspiração nasotraqueal) pela boca (orotraqueal) pela traqueostomia (aspiração traqueal) e pelo tubo orotraqueal (aspiração em circuito fechado). Independente do local a ser realizado utilizam-se os mesmos equipamentos:
- cateter de aspiração traqueal (ou sonda uretral);
- luvas de procedimento
- luvas estéreis;
- solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%)
- gaze estéril;
- ambú
Por se tratar de um procedimento invasivo a aspiração deve realizar-se com material estéril e caso sejam necessárias aspirações por vias diferentes a última a ser aspirada deve ser a cavidade oral, uma vez que é rica em microorganismos próprios da cavidade oral que, em outra cavidade, podem causar respostas inflamatórias e infecciosas.
Inicialmente, já com as luvas de procedimento devidamente colocadas, realiza-se a manipulação do paciente para o posicionamento e preparação dos materiais que serão usados. Abre-se a embalagem da sonda (sem que se toque na porção que entrará em contato com o paciente) e conecte-a ao látex que estará ligado ao equipamento de aspiração portátil ou ao vácuo do quarto do hospital (deixando a parte que entrará em contato com a mucosa do paciente dentro da embalagem esterilizada. Abrem-se os demais materiais (soro, gaze e ambú - que normalmente está dentro de um saco).
Indica-se aumentar o fluxo de O2 ou a FiO2 ofertada ao paciente antes de realizar a aspiração. Caso perceba, durante a ausculta pulmonar áreas pouco ventiladas pode realizar-se, antes da aspiração, uma expansão pulmonar com o ambú.
Com todos os materiais preparados coloca-se a luva estéril preservando, sem tocar em nenhuma estrutura, a mão do lado dominante, pois a mão contralateral será contaminada ao manusear o látex, ambú, soro e gaze. Só se toca na sonda com a mão dominante que permanecerá estéril.
Todo o procedimento de aspiração deve demorar, no máximo, 15 a 20 segundos (tempo de segurança para evitar quedas acentuadas de níveis de oxigenação e saturação). Introduz a sonda (via traqueostomia, nariz, ou cavidade oral) com o látex obstruído ou o orifício da cânula de aspiração aberto. Ao encontrar a resistência (carina) inicia-se a aspiração retirando a sonda realizando giros para que sejam retiradas secreções de todas as paredes arteriais.
Caso a secreção esteja muito densa pode-se instilar uma quantidade pequena de soro fisiológico no orifício da traqueostomia com o objetivo de fluidificá-la.
Ao terminar o procedimento (ausência de ruídos adventícios na ausculta) deve-se realizar a limpeza da sonda e do circuito de látex do aspirador e, ao final, do copo do aspirador.
Prof. Otávio Plazzi
(15/05/2010 - 14:11)
Pode ser realizado pelo nariz (aspiração nasotraqueal) pela boca (orotraqueal) pela traqueostomia (aspiração traqueal) e pelo tubo orotraqueal (aspiração em circuito fechado). Independente do local a ser realizado utilizam-se os mesmos equipamentos:
- cateter de aspiração traqueal (ou sonda uretral);
- luvas de procedimento
- luvas estéreis;
- solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%)
- gaze estéril;
- ambú
Por se tratar de um procedimento invasivo a aspiração deve realizar-se com material estéril e caso sejam necessárias aspirações por vias diferentes a última a ser aspirada deve ser a cavidade oral, uma vez que é rica em microorganismos próprios da cavidade oral que, em outra cavidade, podem causar respostas inflamatórias e infecciosas.
Inicialmente, já com as luvas de procedimento devidamente colocadas, realiza-se a manipulação do paciente para o posicionamento e preparação dos materiais que serão usados. Abre-se a embalagem da sonda (sem que se toque na porção que entrará em contato com o paciente) e conecte-a ao látex que estará ligado ao equipamento de aspiração portátil ou ao vácuo do quarto do hospital (deixando a parte que entrará em contato com a mucosa do paciente dentro da embalagem esterilizada. Abrem-se os demais materiais (soro, gaze e ambú - que normalmente está dentro de um saco).
Indica-se aumentar o fluxo de O2 ou a FiO2 ofertada ao paciente antes de realizar a aspiração. Caso perceba, durante a ausculta pulmonar áreas pouco ventiladas pode realizar-se, antes da aspiração, uma expansão pulmonar com o ambú.
Com todos os materiais preparados coloca-se a luva estéril preservando, sem tocar em nenhuma estrutura, a mão do lado dominante, pois a mão contralateral será contaminada ao manusear o látex, ambú, soro e gaze. Só se toca na sonda com a mão dominante que permanecerá estéril.
Todo o procedimento de aspiração deve demorar, no máximo, 15 a 20 segundos (tempo de segurança para evitar quedas acentuadas de níveis de oxigenação e saturação). Introduz a sonda (via traqueostomia, nariz, ou cavidade oral) com o látex obstruído ou o orifício da cânula de aspiração aberto. Ao encontrar a resistência (carina) inicia-se a aspiração retirando a sonda realizando giros para que sejam retiradas secreções de todas as paredes arteriais.
Caso a secreção esteja muito densa pode-se instilar uma quantidade pequena de soro fisiológico no orifício da traqueostomia com o objetivo de fluidificá-la.
Ao terminar o procedimento (ausência de ruídos adventícios na ausculta) deve-se realizar a limpeza da sonda e do circuito de látex do aspirador e, ao final, do copo do aspirador.
Prof. Otávio Plazzi
(15/05/2010 - 14:11)
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Tuberculose (TB)
A TB é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis) também conhecida como bacilo (bactéria em forma de bastonetes) de Koch (médico parasitologista alemão Heinrich Hermann Robert Koch (11/12/1843 - 27/05/1910foi um dos maiores estudiosos em microbiologia e um dos principais responsáveis pela atual compreensão da epidemiologia das doenças transmissíveis. Em 1882 publicou um célebre trabalho sobre este bacilo).
Doença de notificação compulsória (obrigatória) desde o ano de 2001 tem alto índice de morte se não for devidamente tratada apesar de, na maioria das vezes, ser assintomática (pela eficácia no combate do organismo ao bacilo).
Acomete principalmente os pulmões, apesar de poder manifestar-se em outros órgãos e tecidos como ossos, rins e meninges. É trasmitido por gotículas expelidas (por tosse por exemplo) de um indivíduo infectado e, ao penetrar no novo hospedeiro chega aos alvéolos pulmonares, de onde pode cair em circulação sanguínea e disseminar-se pelo corpo.
O quadro clínico caracteriza-se por:
- Tosse produtiva por mais de 4 semanas;
- Febre (no final da tarde) e sudorese noturna;
- Cansaço;
- Dores nas costas e no peito;
- Falta de apetite e emagrecimento.
O tratamento está disponível na rede pública de saúde e deve ser seguido até o fim (em torno de 6 meses) sem interrupção, por mais que os sintomas tenham sumido. Além disso, as pessoas próximas que tiveram contato com o indivíduo antes do início do tratamento (em torno de 3 dias após o início da medicação diminui a probabilidade de o paciente transmiti-la) também devem receber atenção e, em sendo menores de 5 anos de idade devem receber nova dose da vacina BCG.
A melhor forma de prevenção é a vacinação (realizada ao nascimento e reforçada quando necessária, por ordem médica) além, é claro, da disseminação de informação que diminui preconceitos e possibilita maior adesão ao tratamento.
E atenção! A tuberculose, na maioria das vezes, não precisa de internação para ser tratada, mas caso não seja adequadamente combatida, pode matar!!!
Prof. Otávio Plazzi
(13/05/2010 - 19:54)
Doença de notificação compulsória (obrigatória) desde o ano de 2001 tem alto índice de morte se não for devidamente tratada apesar de, na maioria das vezes, ser assintomática (pela eficácia no combate do organismo ao bacilo).
Acomete principalmente os pulmões, apesar de poder manifestar-se em outros órgãos e tecidos como ossos, rins e meninges. É trasmitido por gotículas expelidas (por tosse por exemplo) de um indivíduo infectado e, ao penetrar no novo hospedeiro chega aos alvéolos pulmonares, de onde pode cair em circulação sanguínea e disseminar-se pelo corpo.
O quadro clínico caracteriza-se por:
- Tosse produtiva por mais de 4 semanas;
- Febre (no final da tarde) e sudorese noturna;
- Cansaço;
- Dores nas costas e no peito;
- Falta de apetite e emagrecimento.
O tratamento está disponível na rede pública de saúde e deve ser seguido até o fim (em torno de 6 meses) sem interrupção, por mais que os sintomas tenham sumido. Além disso, as pessoas próximas que tiveram contato com o indivíduo antes do início do tratamento (em torno de 3 dias após o início da medicação diminui a probabilidade de o paciente transmiti-la) também devem receber atenção e, em sendo menores de 5 anos de idade devem receber nova dose da vacina BCG.
A melhor forma de prevenção é a vacinação (realizada ao nascimento e reforçada quando necessária, por ordem médica) além, é claro, da disseminação de informação que diminui preconceitos e possibilita maior adesão ao tratamento.
E atenção! A tuberculose, na maioria das vezes, não precisa de internação para ser tratada, mas caso não seja adequadamente combatida, pode matar!!!
Prof. Otávio Plazzi
(13/05/2010 - 19:54)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Produção dos Gametas e Fecundação
Aula 1 de Embriologia
A embriologia é a ciência que se ocupa de estudar o desenvolvimento humano, desde o processo de formação dos gametas (masculino e feminino), passando pela fecundação (união dos gametas masculino e feminino), desenvolvimento embrionário e fetal, até o nascimento.
O gameta feminino se forma a partir de uma célula germinativa primordial (folículo primordial) que sofre modificação (espessamento da zona pelúcida em formação) que se dispõe, inicialmente em uma única camada (folículo primário unilaminar) e, sem seguida, em múltiplas camadas (folículo primário multilaminar).
Este aumento no número de camadas faz com que as células secretem um fluido que promove a migração das células da granulosa para a periferia (fazendo com que surjam espaços centrais - antros - que aumentam de tamanho progressivamente) deixando o ovócito rodeado por uma camada de células (corona radiata) localizado no pólo inferior e envolto por uma camada de células (células da granulosa) em sua totalidade - formando assim, o folículo maduro ou de Graaf.
O ovócito secundário é expelido pelo ovário na cavidade abdominal (em conjunto com as células da granulosa que vão garantir a fonte nutricional inicial da célula) e, posteriormente é capturado pelas fímbrias da tuba-uterina que o locomove (através do epitélio ciliado da tuba uterina) até a ampola da tuba (local de maior prevalência da fecundação).
O gameta masculino se forma no túbulo seminífero que se localiza dentro dos testículos. São derivados da célula germinativa primordial - espermatogônias - que entram em processo de diferenciação (a partir da puberdade) transformando-se em espermatócito primário, secundário, espermátides e, finalmente, espermatozóides, que são depositados na luz do túbulo seminífero, direcionados ao epidídimo (local de amadurecimento das células germinativas) de onde são expulsos no momento da ejaculação e depositados no fundo da vagina durante o ato sexual.
A fecundação é um processo de união entre os gametas masculino (23 cromossomos) e feminino (23 cromossomos). Esta junção cromossômica (que devolve, ao novo indivíduo, o número total de cromossomos - 46) garante a variabilidade genética do indivíduo.
A partir deste momento, o indivíduo passa a ser chamado de zigoto e, após 30hs da fecundação, começa a sofrer um processo de divisão (clivagem) que aumenta o número de células (blastômeros) sem aumentar o tamanho do zigoto (as células, ao se dividirem, diminuem de tamanho e aumentam em quantidade). Quando atingem a condição de 16 blastômeros (em média) passam a ser chamados de mórula (em torno de 3 a 4 dias após a fecundação). Este processo de transformação no número de blastômeros acontece enquanto o embrião se dirige ao útero pela tuba uterina.
Prof. Otávio Plazzi
(10/05/2010 - 20:00hs)
A embriologia é a ciência que se ocupa de estudar o desenvolvimento humano, desde o processo de formação dos gametas (masculino e feminino), passando pela fecundação (união dos gametas masculino e feminino), desenvolvimento embrionário e fetal, até o nascimento.
O gameta feminino se forma a partir de uma célula germinativa primordial (folículo primordial) que sofre modificação (espessamento da zona pelúcida em formação) que se dispõe, inicialmente em uma única camada (folículo primário unilaminar) e, sem seguida, em múltiplas camadas (folículo primário multilaminar).
Este aumento no número de camadas faz com que as células secretem um fluido que promove a migração das células da granulosa para a periferia (fazendo com que surjam espaços centrais - antros - que aumentam de tamanho progressivamente) deixando o ovócito rodeado por uma camada de células (corona radiata) localizado no pólo inferior e envolto por uma camada de células (células da granulosa) em sua totalidade - formando assim, o folículo maduro ou de Graaf.
O ovócito secundário é expelido pelo ovário na cavidade abdominal (em conjunto com as células da granulosa que vão garantir a fonte nutricional inicial da célula) e, posteriormente é capturado pelas fímbrias da tuba-uterina que o locomove (através do epitélio ciliado da tuba uterina) até a ampola da tuba (local de maior prevalência da fecundação).
O gameta masculino se forma no túbulo seminífero que se localiza dentro dos testículos. São derivados da célula germinativa primordial - espermatogônias - que entram em processo de diferenciação (a partir da puberdade) transformando-se em espermatócito primário, secundário, espermátides e, finalmente, espermatozóides, que são depositados na luz do túbulo seminífero, direcionados ao epidídimo (local de amadurecimento das células germinativas) de onde são expulsos no momento da ejaculação e depositados no fundo da vagina durante o ato sexual.
A fecundação é um processo de união entre os gametas masculino (23 cromossomos) e feminino (23 cromossomos). Esta junção cromossômica (que devolve, ao novo indivíduo, o número total de cromossomos - 46) garante a variabilidade genética do indivíduo.
A partir deste momento, o indivíduo passa a ser chamado de zigoto e, após 30hs da fecundação, começa a sofrer um processo de divisão (clivagem) que aumenta o número de células (blastômeros) sem aumentar o tamanho do zigoto (as células, ao se dividirem, diminuem de tamanho e aumentam em quantidade). Quando atingem a condição de 16 blastômeros (em média) passam a ser chamados de mórula (em torno de 3 a 4 dias após a fecundação). Este processo de transformação no número de blastômeros acontece enquanto o embrião se dirige ao útero pela tuba uterina.
Prof. Otávio Plazzi
(10/05/2010 - 20:00hs)
sábado, 8 de maio de 2010
Postagem Inaugural!!!
Querido(a) Aluno(a)!
Seja muit0 bem vindo! Criei mais esse canal de comunicação para aumentar a nossa possibilidade de contato e, acima de qualquer coisa, diminuir a distância entre as aulas em sala de aula e a aplicabilidade do conteúdo em sua vida prática!
Aproveitem a oportunidade para sugerir os temas para os pequenos resumos que serão postados aqui! Quem sabe não esclarecerei uma dúvida sua aqui no blog??
Sejam sempre bem vindos... e retornem sempre pois este blog será constantemente atualizado!!!
Abraços
Prof. Otávio Plazzi
(09/05/2010)
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(09/05/2010)
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