Este é um procedimento invasivo e realizado rotineiramente em um serviço de fisioterapia respiratória/hospitalar que tem por objetivo retirar a secreção das vias aéreas quando se observa a incapacidade do paciente em expectorá-la pela tosse.
Pode ser realizado pelo nariz (aspiração nasotraqueal) pela boca (orotraqueal) pela traqueostomia (aspiração traqueal) e pelo tubo orotraqueal (aspiração em circuito fechado). Independente do local a ser realizado utilizam-se os mesmos equipamentos:
- cateter de aspiração traqueal (ou sonda uretral);
- luvas de procedimento
- luvas estéreis;
- solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%)
- gaze estéril;
- ambú
Por se tratar de um procedimento invasivo a aspiração deve realizar-se com material estéril e caso sejam necessárias aspirações por vias diferentes a última a ser aspirada deve ser a cavidade oral, uma vez que é rica em microorganismos próprios da cavidade oral que, em outra cavidade, podem causar respostas inflamatórias e infecciosas.
Inicialmente, já com as luvas de procedimento devidamente colocadas, realiza-se a manipulação do paciente para o posicionamento e preparação dos materiais que serão usados. Abre-se a embalagem da sonda (sem que se toque na porção que entrará em contato com o paciente) e conecte-a ao látex que estará ligado ao equipamento de aspiração portátil ou ao vácuo do quarto do hospital (deixando a parte que entrará em contato com a mucosa do paciente dentro da embalagem esterilizada. Abrem-se os demais materiais (soro, gaze e ambú - que normalmente está dentro de um saco).
Indica-se aumentar o fluxo de O2 ou a FiO2 ofertada ao paciente antes de realizar a aspiração. Caso perceba, durante a ausculta pulmonar áreas pouco ventiladas pode realizar-se, antes da aspiração, uma expansão pulmonar com o ambú.
Com todos os materiais preparados coloca-se a luva estéril preservando, sem tocar em nenhuma estrutura, a mão do lado dominante, pois a mão contralateral será contaminada ao manusear o látex, ambú, soro e gaze. Só se toca na sonda com a mão dominante que permanecerá estéril.
Todo o procedimento de aspiração deve demorar, no máximo, 15 a 20 segundos (tempo de segurança para evitar quedas acentuadas de níveis de oxigenação e saturação). Introduz a sonda (via traqueostomia, nariz, ou cavidade oral) com o látex obstruído ou o orifício da cânula de aspiração aberto. Ao encontrar a resistência (carina) inicia-se a aspiração retirando a sonda realizando giros para que sejam retiradas secreções de todas as paredes arteriais.
Caso a secreção esteja muito densa pode-se instilar uma quantidade pequena de soro fisiológico no orifício da traqueostomia com o objetivo de fluidificá-la.
Ao terminar o procedimento (ausência de ruídos adventícios na ausculta) deve-se realizar a limpeza da sonda e do circuito de látex do aspirador e, ao final, do copo do aspirador.
Prof. Otávio Plazzi
(15/05/2010 - 14:11)
Profº Otávio, me chamo Juliana Teobaldo, escrevo de Maceió Alagoas, gostaria muito que me add no msn, pois acompanho sempre suas postagens e tenho uma pergunta a lhe fazer em relação a aspiração, meu pai faleceu em 20 de dez. de 2011 onde ficou na uti da unimed por 46 dias sem conseguir sair da ventilação mecânica, e na maioria das vezes ele esteve cedado, ele tinha um câncer metastático da próstata e a maior parte dos médicos acreditavam que era metastase no pulmão, bem, ficaria muito grata se recebesse um e-mail do sr. permitindo que eu escreva um e-mail onde eu possa esclarecer essa duvida.
ResponderExcluirProf. Otávio, desde já quero dizer que sou grata por sua atenção e por suas postagens via internet, sem mais palavras, Juliana Teobaldo
MSN: july_ja22@homail.com